Os Centros de Referência de Assistência Social – CRAS são a porta de entrada para os serviços de proteção social de famílias e indivíduos que vivem em situação de vulnerabilidade social, causada pela pobreza, privação e/ou fragilização de vínculos afetivos, de relacionamento familiar ou comunitário, e de pertencimento social.Nos CRAS as pessoas têm suas necessidades e potencialidades identificadas, e são encaminhadas para a rede de serviços socioassistenciais, como os serviços de educação, saúde, obtenção de documentos e outros. Recebem atenção especial as pessoas com deficiência e idosas, principalmente aquelas que recebem o Benefício de Prestação Continuada – BPC.
Os serviços prestados nos CRAS incluem ações preventivas, de convivência e socialização, inserção e acolhida, capacitação e inserção produtiva, apoio e acompanhamento familiar.
Modalidades de serviços:
> Proteção e atendimento integral à família (PAIF)
> Convivência e fortalecimento de vínculos: ações socioeducativas com grupos geracionais, intergeracionais e grupos com interesses comuns.
As ações socioeducativas promovem o desenvolvimento da autoestima, autonomia, protagonismo, diferenciação, criatividade, sendo também desenvolvidos projetos em parceria com outros órgãos municipais, entidades sociais e instituições privadas.
Conceitos relativos ao trabalho social realizado nos CRAS:
Acolhida –atitude qualificada que envolve a postura do profissional frente ao usuário ou grupo de usuários. Processo de contato inicial do usuário com o PAIF, ocorrendo em grande parte na recepção do CRAS. (MDS – orientações específicas por serviço – PAIF)Estratégia fundamental para a criação e o fortalecimento do vínculo entre o CRAS, família e comunidade, a reunião de acolhida é o espaço onde as novas famílias, grupos e indivíduos recebem as informações primordiais nas perspectivas dos direitos de cidadania. (Protocolo de Gestão dos CRAS em Curitiba, 2009)
Acompanhamento Familiar –desenvolvimento de intervenções em serviços continuados, com objetivos estabelecidos, que possibilite à família o acesso a um espaço onde possa refletir sobre sua realidade, construir novos projetos de vida e transformar suas relações, sejam elas familiares ou comunitárias. (Protocolo de Gestão Integrada, MDS, 2009)
Atividades Comunitárias –processos coletivos e/ou comunitários voltados para a dinamização das relações no território de abrangência do CRAS; a defesa ou efetivação de direitos; decorrentes de mobilização de grupos ou comunidades; ou como decorrência de projetos coletivos propostos pelos grupos que participam de serviços socioeducativos. (MDS – orientações específicas por serviço – PAIF).
De caráter coletivo, voltado para a dinamização das relações no território, tem por objetivos promover a comunicação comunitária, a mobilização social e o protagonismo da comunidade, bem como fortalecer os vínculos entre as diversas famílias do território, desenvolver a sociabilidade, o sentimento de coletividade e a organização comunitária, por meio, principalmente, do estímulo à participação cidadã. (O CRAS que temos e o CRAS que queremos MDS, 2010)
Articulação intersetorial / Ações transversais:processo organizado e coletivo, que depende de uma ação deliberada e pressupõe a ideia de conexão, vínculo, relações horizontais entre parceiros, interdependência de serviços, o respeito à diversidade e as particularidades de cada setor participante (MDS – orientações específicas por serviço – PAIF)
Busca Ativa:atividade realizada no âmbito dos serviços socioassistenciais com dois propósitos: Buscar o retorno de um usuário desistente a um serviço socioassistencial e identificar potenciais usuários do SUAS para inseri-los na rede de atendimento. A busca ativa pode se dar por diversos meios, que viabilizem o contato com o usuário.
Inclusão Social:processo que possibilita à população excluída socialmente a partilhar bens e serviços sociais produzidos pela sociedade, garantindo a efetivação dos direitos, acesso à segurança, justiça, cidadania e representação política.
Vigilância socioassistencial:desenvolvimento da capacidade e de meios de gestão assumidos pelo órgão público gestor da Assistência Social para conhecer a presença das formas de vulnerabilidade social da população e do território pelo qual é responsável. (PNAS, 2004)