A defasagem do valor do repasse do transporte escolar pelo Estado. Foi o assunto central do encontro que mobilizou quatro associações de municípios na tarde desta quinta-feira, na sede da Amures em Lages. Os municípios abrangidos pelas regiões da Amures e das Associações de Municípios do Contestado – Amurc, Associação de Municípios do Planalto Norte – Amplanorte e Associação de Municípios do Planalto Sul Catarinense – Amplasc, produzirão um diagnóstico do transporte escolar e pleitearão tratamento diferenciado, com base no custo real.
Mais de 60 pessoas, entre presidentes das associações de municípios, diretoria da Federação Catarinense de Municípios – Fecam e secretários municipais de Educação foram unânimes de que os valores repassados pelo Estado não cobre os custos do transporte de alunos. O prefeito de Taió e presidente da Fecam Hugo Lembeck, disse que os prefeitos querem ser chamados pelo Estado para discutir uma proposta real e não receber um “prato pronto”, como vem sendo feito nos últimos anos.
Os prefeitos definiram a data até dia 10 de junho para estar com o diagnóstico dos custos do transporte escolar tabulado para levar ao Estado. E caso não haja um entendimento deverão recorrer à Justiça para não mais arcar com custos que são responsabilidade do Estado. “Temos de buscar o ressarcimento deste custo e não permitir que o Estado fixe sozinho o custo do transporte escolar. Isso é um desrespeito”, desabafou Hugo Lembeck.
Como o ano letivo está praticamente na metade, o presidente da Amures prefeito de Bom Jardim da Serra Edelvânio Topanoti sugeriu que o planejamento dos custos do transporte escolar seja revisto de acordo com as características e distâncias de cada município. “Temos casos na Amures em que o veículo do transporte escolar percorre 50 quilômetros para buscar um aluno. Isso não ocorre em outras regiões”, comentou Edelvânio Topanoti.
O encaminhamento da reunião foi respaldado pela prefeita de São Cristóvão, Sisi Blinde presidente da Amurc. Aldomir Roskamp, presidente da Amplanorte e prefeito de Monte Cartelço e Marcos Nei Correa Siqueira, presidente da Amplasc, prefeito de Monte Carlo.
Assessoria de Imprensa Amures